Certa ocasião, um discípulo que procurava seguir o caminho espiritual, dirigiu-se ao seu orientador, dizendo-lhe:
Mestre! Embora o senhor nos tenha ensinado que Deus está sempre à nossa disposição, não consigo encontrá-lo, por mais que O procure.
Como o mestre e o discípulo estavam às margens do rio Ganges, considerado sagrado pelos indianos, que nele se banham para purificar-se, o mestre convidou o discípulo para entrar com ele naquelas águas santificadas.
Ao chegarem a determinado ponto, o mestre segurou o discípulo pelos ombros e mergulhou sua cabeça, sem deixar que ele a levantasse.
O discípulo começou a debater-se, tentando inutilmente sair daquela situação.
Quando o mestre percebeu que ele estava perdendo as forças, soltou-o e ele procurou imediatamente respirar, sorvendo o ar com grande sofreguidão.
Perguntou-lhe o mestre: que foi, meu filho?
Ar, mestre! Ar! Sem respirar, eu morreria.
Respondeu-lhe então o mestre.
No dia em que você procurar Deus com o mesmo empenho com que buscou o ar para viver, você O encontrará.
Esta orientação deve servir para todos nós.
Não procuremos Deus apenas nos nossos momentos de angústia, mas a cada instante de nossas vidas, agradecendo acima de tudo a oportunidade que nos deu de aqui estarmos preparando, com maior ou menor esforço, o caminho de regresso aos Seus Divinos Braços.