sexta-feira, abril 10, 2009

Anatel regulamenta internet via rede elétrica para acesso em banda larga.

Anatel regulamenta internet via rede elétrica para acesso em banda larga.
(Pernambuco)


O conselho diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou nesta quinta-feira (02/04/2009) o acesso à internet banda larga pela rede elétrica.

As agências reguladoras de telecomunicações (Anatel) e de energia elétrica (Aneel) estão preparando regras que permitirão o lançamento comercial no Brasil da tecnologia Power Line Communication (PLC), que utiliza os fios de eletricidade para banda larga.

A relatora do assunto na Anatel, conselheira Emília Ribeiro, aposta nessa ideia para estimular a competição no mercado brasileiro de banda larga. "Estamos querendo baixar o custo dos serviços, e isso acontece ampliando a oferta. Hoje temos banda larga por cabo, por satélite, por frequência, e por que não pela rede elétrica?", questiona. Ela ressalta ainda que a velocidade de conexão desse tipo de tecnologia já começa com 20 megabits por segundo (Mbps), bem acima da capacidade dos serviços oferecidos hoje, que em geral vão até 10 Mbps.

Esta tecnologia utiliza a capilaridade e a abrangência da rede elétrica instalada, que é maior que a de outras redes convencionais de telecomunicações, adicionando outras vantagens como: velocidade de transmissão de banda larga, redução de custos de acesso, a velocidade de upload/download é a mesma, diferente do ADSL.

E atinge velocidades tão grandes quanto cabo/ADSL. A Anatel já aprovou os aparelhos internos (o conversor para prédios e o modem que fica ligado na tomada), mas ainda falta aprovar o conversor de postes. Mas para nós, usuários finais, é maravilhoso que role mais um jeito de oferta de Internet.

Algo normal em países como o Japão, Estados Unidos e em alguns da Europa, conexões de internet em altíssimas velocidades são praticamente impensáveis no Brasil… Por telefone. Se você achava muito uma conexão de 24Mbps por aqui, conheça a Internet via rede elétrica capaz de alcançar absurdos 200Mbps.

A multinacional japonesa Panasonic já está testando a tecnologia Power Line Communication (PLC) - “Comunicação via rede elétrica” - na cidade de Barreirinhas, no Maranhão, em parceria com a Associação de Empresas Proprietárias de Infra-estrutura e Sistemas Privados de Telecomunicações (APTEL).

A idéia é transformar o PLC em um complemento para outras tecnologias de conexão à grande rede, como o Wireless, por exemplo, em áreas que não exista cobertura telefônica.

No Brasil, cerca de 20 milhões de lares não tem telefonia fixa. Já energia elétrica, quase 99% das casas têm. Isso torna fácil (e barata) a disseminação da tecnologia.Os modems que convertem o sinal da Internet para a rede elétrica são fabricados atualmente no Japão e na Malásia.

Se a idéia colar aqui no Brasil, a Panasonic espera abrir uma fábrica desses aparelhos no país, já que somos uma das nações que mais acessa a Internet no mundo!Quanto aos custos, com certeza, serão um tanto elevados no início, já que uma conexão ADSL de 24Mbps no Brasil custa mensalmente por volta de 200 reais.

O bom da PLC é o fato de não exigir uma grande infra-estrutura e ter sua instalação rápida e fácil, o que pode baratear os preços. O problema mesmo é quando faltar energia.

A tecnologia que utiliza uma das redes mais utilizadas em todo o mundo: a rede de energia elétrica. A idéia desta tecnologia não é nova. Ela consiste em transmitir dados e voz em banda larga pela rede de energia elétrica.

Como utiliza uma infra-estrutura já disponível, não necessita de obras em uma edificação para ser implantada.

A PLC trabalha na camada 2 do modelo ISO/OSI, ou seja, na camada de enlace. Sendo assim, pode ser agregada a uma rede TCP/IP (camada 3) já existente, além de poder trabalhar em conjunto com outras tecnologias de camada 2.

Além disso, os preços das conexões ADSL (por telefone) no Brasil, que são um dos mais altos do mundo, podem cair drasticamente se a tecnologia da Panasonic tiver uma boa aceitação por aqui, já que a concorrência falará mais alto.

As operadoras de telefonia vão usar a rede elétrica para acesso à internet em alta velocidade (banda larga). A infraestrutura das distribuidoras de energia em todo o país poderão ser alugadas pelas companhias telefônicas, que ofertariam o serviço.

As regras para o uso da rede elétrica foram aprovadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Para iniciar a operação, porém, as empresas ainda deverão aguardar a regulação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), cuja proposta está em consulta pública e só será concluída em 31 de maio.

A Cemig, por meio de sua subsidiária de telefonia, Infovias, já decidiu que vai colocar a rede de distribuição, que atende 6,5 milhões de clientes, a serviço das companhias telefônicas, mas a operação comercial só deverá ser viabilizada em dois anos, disse ontem o superintendente técnico da empresa, Ivan Soares Ferreira.

Tecnicamente, as redes das distribuidoras de energia elétrica estão prontas para prestar o serviço. Seria necessário fazer algumas adaptações de baixo custo, como instalar roteadores nos postes para direcionar a transmissão de dados.

O cliente, por sua vez, precisaria ter um modem, na casa ou no escritório, parecido com os aparelhos que as empresas de telefonia ou de TV a cabo usam para fornecer acesso à internet. A grande vantagem da rede elétrica sobre outras redes é a cobertura, já que ela alcança 97% da população brasileira.

Hoje, apenas 5 milhões de pessoas ainda não têm acesso à energia elétrica no Brasil. Pelo programa do governo Luz para todos, esse déficit deverá ser zerado até o fim do próximo ano.

A partir de agora, basta aguardar que as distribuidoras de energia elétrica disponibilizem o serviço para o usuário final.



Fonte: http://www.anatel.gov.br/Portal/exibirPortalInternet.do